Sal dos olhos

Paira ao léu uma dor silente

Numa solidão envolta de sal

Cantos e vozes aqui ausentes

Ecoando um silencio abissal

Imensidão num mar revolto

Vislumbra-se o nada e o tudo

labuta que verte saudade no olhos

Dor adentra refletindo o olhar fusco

Perdidos sob um céu negrume

Imersos em sombras, a loucura

Sob o véu aparente e incólume

o revés de um amanhã sem brandura

Voam pensamentos, perdidos ao longe

Vã esperança de um novo horizonte