E AGORA, CAMINHA?
Quando Caminha, em suas missivas,
Dava conta da nova descoberta,
Não imaginou que deixava aberta,
A Porta para novas comitivas,
De olho na beleza da nativa,
Por sua nudez, que lhe era certa,
Mas para nós, de forma negativa,
Nossos instintos animais desperta.
Os da nova terra são inocentes,
E nada sabem dessa torpe gente,
De seus defeitos, de suas maldades.
E o que acontece com o dono agora?
Lá da floresta é mandado embora,
E pede esmola feito um indigente.