TRISTURA (soneto)

Triste é redigir a poesia, com sofrência

Daquele amor que se conheceu um dia

O amor inteiro, de cortesia, de quantia

Vê-la desvaísse sem qualquer anuência

Triste é ter prosa na saudade, chateza

Daquela ausência que já fez suspirar

Do coração calado, outrora a palpitar

É ter o verso murmurante de tristeza

Triste é tanto silêncio, falta no versar

É o amor sem a poética para se amar

São os cânticos poetizados com ilusão

Triste é a recordação sem recapitular

A inspiração que não quer mais falar

É redigir a poesia, triste, sem paixão!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

24 setembro, 2022, 22’05” – Araguari, MG

Canal do YouTube:

https://youtu.be/uakU1ufPEw0

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 24/09/2022
Reeditado em 26/09/2022
Código do texto: T7613551
Classificação de conteúdo: seguro