Amaldiçoado
Há um vergel ancestral de árvores mortas
No qual o sol jamais nasce nas portas
Flores roxas que perderam a cor,
Num palácio inóspito de frio e dor.
Por entre as fendas flores vis e tortas
O chão está coberto de sombras mortas
Silenciosas estátuas e um vil odor
Mofado de coisas mortas sem amor.
Uma criatura nauseante ao redor,
Mistério vibrante de qualquer rumor
Uma luz bruxuleante invade tais salas.
A alma do inferno surge e apavora,
Nos olhos cinzentos da dor de outrora.
A tristeza da alegria vã que calas.