O grito assustador do teu silêncio.
Rugia nos meus recônditos cerebrais,
O grito assustador desse teu silêncio.
No desespero de minhas noites mortais,
Tua face sempre a mim se apresentava.
Algumas vezes como uma verdadeira fada!
Noutras a personificação dos medos reais.
Então vítima do teu misterioso abandono,
Como um folião regressando aos carnavais,
Te procurei em todas às nossas conversas!
E pela confusão dos meus versos piegas...
Notei tristemente que tu não voltava mais!
Percebi que a consciência é a verdadeira fera!
Capaz de devorar os sentimentos verdadeiros,
E de descarta-los como afetos inúteis e banais...
Uil