O grito assustador do teu silêncio.

Rugia nos meus recônditos cerebrais,

O grito assustador desse teu silêncio.

No desespero de minhas noites mortais,

Tua face sempre a mim se apresentava.

Algumas vezes como uma verdadeira fada!

Noutras a personificação dos medos reais.

Então vítima do teu misterioso abandono,

Como um folião regressando aos carnavais,

Te procurei em todas às nossas conversas!

E pela confusão dos meus versos piegas...

Notei tristemente que tu não voltava mais!

Percebi que a consciência é a verdadeira fera!

Capaz de devorar os sentimentos verdadeiros,

E de descarta-los como afetos inúteis e banais...

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 16/09/2022
Código do texto: T7606853
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