Carta Branca
E já não me perguntas nada mais
A voz sem som - um tal flagelo a frio! -
Quando passas por mim, eu me arrepio...
Sinto pouco a pouco indo nossa paz.
E já não sei quando presente estás,
Minhas lágrimas falam, cheio em fio...
E enfrento contigo outro desafio
De me manter firme, presente e assaz.
Eu finjo, meu amor, mas não te minto,
Não sou eu que te peço por clemência,
És tu que estás a andar em labirinto...
Pois te busco, meu bem, nessa torrência:
E me preparo com ar de absinto,
Mas chegas tu tão cheia de ausência.