Carta Branca

E já não me perguntas nada mais

A voz sem som - um tal flagelo a frio! -

Quando passas por mim, eu me arrepio...

Sinto pouco a pouco indo nossa paz.

E já não sei quando presente estás,

Minhas lágrimas falam, cheio em fio...

E enfrento contigo outro desafio

De me manter firme, presente e assaz.

Eu finjo, meu amor, mas não te minto,

Não sou eu que te peço por clemência,

És tu que estás a andar em labirinto...

Pois te busco, meu bem, nessa torrência:

E me preparo com ar de absinto,

Mas chegas tu tão cheia de ausência.

Rogério Freitas
Enviado por Rogério Freitas em 09/09/2022
Código do texto: T7601912
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