DA COXIA DA POESIA

Só quando os olhos cerro, sinto a poesia

Suspirando em uma prosa cheia de ilusão

Os tons marcantes duma doce imaginação

Perdidos nos sonhos, em uma poética via

Só quando cerro os olhos, vejo a fantasia

A tudo esqueço e sussurro com emoção

Pra não acordar aquela singular sensação

Onde é sentido, e não apenas o que seria

Só quando os olhos cerro, vejo o alheio

Amor, por entre o agrado e a sabedoria

Nada ou pouco quero se for sem anseio

Só quando cerro os olhos, que há quantia

N’alma, nos poemas, sem nenhum custeio

Tudo pegado de dentro da coxia da poesia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

07 setembro, 2022, 17’12” – Araguari, MG

Canal do YouTube:

https://youtu.be/WjmcX5JvOLY

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 07/09/2022
Código do texto: T7600621
Classificação de conteúdo: seguro