Impetuosidade
Meu coração que bate forte sem ter medo,
É carmesim, é rubro, árduo e voraz.
Deixa amores sensitivos para trás,
Mas, todavia, tem em si, engano ledo.
Tenho no peito, a ilusão, rude brinquedo,
Desilusão, brio sombrio e muito mais.
Carrego a pecha, imperfeição de bom rapaz,
Que para vãs opiniões, tudo é segredo.
Muitos amigos já me tacham como estorvo,
Nunca souberam da real realidade.
Eu não sou ave de rapina, nem sou corvo,
A carregar dentro em mim, tanta maldade.
Se eu fenecer na indecisão, nasço de novo,
Vou-me esquivar da má impetuosidade.