BENDITA VERDADE

BENDITA VERDADE

Clemência para este teu pedinte

que, mudo e genuflexo, aqui, te implora,

contudo sem que entendas como acinte,

deixa-me bem amar-te, já, senhora.

Quero te amar do jeito mais que pinte,

sem as limitações de tempo ou hora,

assim não mais no status de pedinte,

homiziado em ti, como quem mora.

Eu sei que te encastelas nas elites.

Tu tens o teu melhor, que nem rainha,

sem olhos para as minhas maluquices.

Mas clemência, senhora, se te clamo

é porque mais te anseio sejas minha

e em bendita verdade é que te amo.

Fort. 27/08/2022

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 03/09/2022
Código do texto: T7597249
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