Descoberta

Numa manhã de etérea descoberta,

o sol desenha linda filigrana

que dança sem-vergonha, quase insana,

no ritmo de um desejo que se esperta.

Detenho-me à janela entreaberta

e anseio a inspiração quotidiana,

no entanto, dentre o velho, o novo emana

e tudo ajeita ou tudo desconcerta.

Derrete-se a rotina da paisagem,

dissolve-se um arquétipo selvagem

e resta então a pura poesia...

Aquela simples, maga e fugidia

que não se escreve ou lê, mas que se sente

na fruição de um novo sol nascente!

Sempre maravilhoso, Jacó Filho:

Nessa alma que em sintonia fina,

Sente na luz do Sol, novas mensagens;

Tem um dom que as dúvidas, elimina,

E molda em versos lindas imagens...

Nelas, podem quem quiser,

Sentir que a vida é.

Tal qual o Cristo ensina,

Eterna, não de passagem...

Nessa alma que em sintonia fina,

Sente na luz do Sol, novas mensagens...

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 02/09/2022
Reeditado em 02/09/2022
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