Descoberta
Numa manhã de etérea descoberta,
o sol desenha linda filigrana
que dança sem-vergonha, quase insana,
no ritmo de um desejo que se esperta.
Detenho-me à janela entreaberta
e anseio a inspiração quotidiana,
no entanto, dentre o velho, o novo emana
e tudo ajeita ou tudo desconcerta.
Derrete-se a rotina da paisagem,
dissolve-se um arquétipo selvagem
e resta então a pura poesia...
Aquela simples, maga e fugidia
que não se escreve ou lê, mas que se sente
na fruição de um novo sol nascente!
Sempre maravilhoso, Jacó Filho:
Nessa alma que em sintonia fina,
Sente na luz do Sol, novas mensagens;
Tem um dom que as dúvidas, elimina,
E molda em versos lindas imagens...
Nelas, podem quem quiser,
Sentir que a vida é.
Tal qual o Cristo ensina,
Eterna, não de passagem...
Nessa alma que em sintonia fina,
Sente na luz do Sol, novas mensagens...