Mea culpa
Errar é humano; portanto, o pecado
À nossa triste condição é inerente.
Como também sou humano tão somente
De milhares deles estou atulhado.
Alguns já não me deixam incomodado
E à noite posso cochilar tranquilamente;
Ora! De Deus o papel é ser indulgente –
Sei que por Ele haverei de ser perdoado –
Um há, porém, do qual não posso me remir
E não cessa a consciência de me torturar:
O incerto em prol do certo vim a preferir
E da Caverna de Platão quis escapar –
Me arrependo (e como!) de o conseguir,
Pois que maçada é ter tanto no que pensar…