Quem protegerá aquela que nos protege?
A que protege, mil vezes ferida
por um arcanjo e também o pescador
o anjo não cura mas desvenda a dor
a lança mais uma vez desferida
Profecia é a palavra proferida
Não tome-me como um mistificador
Pois bem sei, virá o Pacificador
Amor e unguento para tua ferida
Pois mantém teu querer insatisfeito
Emudece, reprime a própria voz
a cólera enclausurada em teu peito
Mesmo esmagada no moinho de mós
Eis tua grande valia e grande defeito
Doar-se e amar melhor que todos nós