Fantasmas
E a cada ignóbil sussurro,
Reverbera no sólido muro,
Um eco de solidão e vazio,
Que torna o coração esguio.
No sombrio ar noturno,
Esvai-se o furor diurno,
Ali impera o fantástico,
A magia obscura do sarcástico.
A ânsia por chegar o dia,
Já não é uma covardia,
É o desejo de sair da melancolia.
O desvelar atiça a curiosidade,
O véu triste noturno da castidade,
Espanta a mente e a deidade.