Manhã no prado do Rio Grande
Amanheceu no prado do Rio Grande,
Gotículas de orvalho lá fora,
Dão o icônico ar da graça que aflora,
Num quadro íntimo que jaz no estande,
A brisa forte vare o lugar sem demora,
Seu sabor assemelha-se ao doce cande,
Trás recordações passadas, de outrora,
Que moram na campina que se expande.
Em cada novo dia a se iniciar,
Tem o sinfônico e acalorado cantar,
Da cotovia que orquestra sem parar.
Na campina orvalhada e verdejante,
Cálida, sob o sol continentino ardente,
Faz ardil e efêmero o soneto pujante.