ANJOS DO SERTÃO
Um cruzeiro no alto da Serra
Ao fim de uma trilha sinuosa
Solo árido, sepulcro de terra
Raleado canteiros de rosas.
Passos lentos sobem a ladeira
Olhos incrédulos e desolados
Levado pelas mãos da parteira
Pequeno féretro improvisado.
Uma mãe... ingênua camponesa!
A chorar o filho da pobreza
Deste sertão sofrido e calejado.
...Neste adro de lua iluminado
Fez-se solo puro e sagrado
Pelos anjos alí já sepultados.
Jadir Macedo