QUE NÃO SEJA SOZINHO...

Essas marcas da nossa inútil batalha,

No íntimo, lá, escondidas nas almas,

Onde deveríamos deixar as tralhas,

E não os arranhões e os espinhos.

As rosas que jogamos nas calhas,

Antes, quando éramos só calma,

Elas no correr da chuva que atalha...

De nós, levadas por vis caminhos.

Assim como lágrima que se espalha,

E em nossas faces o rio nos talha,

Igual ao desenrolar dum pergaminho.

Conjuro as pragas para que valha...

Minha dor reflexo em ti navalha,

E se eu sofrer que não seja sozinho.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 26/08/2022
Código do texto: T7591067
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