O POETA INSONE
Cantam os galos na suave madrugada,
De repente o poeta logo acorda,
E pensando saudoso na amada,
Bons momentos vividos, o poeta recorda.
Os galos incansáveis, amiúdam nos quintais,
Uns de cá, uns de lá, outros mais além,
E milhares de estrelas quais cristais
Cintilam no firmamento em beleza que nos vem.
A brisa da madrugada lentamente
Desliza fria, e nos poleiros ao relento
Os galos fazem ecos na sertaneja madrugada.
O sono bom do poeta, assim de repente
Foi-se embora, e então neste momento,
Insone, o poeta fica a pensar na linda amada...