Contemplação
Oh ria que afoga nas águas paradas
Versos calados nunca escritos.
Que declamas aos céus nas madrugadas.
Onde só os ouve, os corações aflitos.
Condensas nas nuvens histórias.
Que te contam, solitários navegantes.
Sol desce sempre para beijar as águas
Confessando o segredo dos seus amantes.
Deitada no barco, contemplo e aceito.
Os segredos que confessa a criação
Embalada pela calmaria deste lugar.
Este diário, seguro junto ao peito.
Ele transcreve as batidas do coração.
D'alma poeta que teme naufragar.
Borboleta Raquel (in eterna aprendiz)