TERÇA-FEIRA

Acordo na manhã de terça-feira,

A chuva não permite a caminhada,

Agrada-me demais a bênção dada,

Livrei-me, de repente, da canseira.

Chacoalha no fogão a cafeteira,

Levanto-me de forma fracionada,

Estico-me naquela espreguiçada,

Procuro o celular na cabeceira.

Coloco mais um verso no soneto,

O livro aberto grita, inconformado,

Por mim, me incrustaria neste gueto.

Tomo o café, banhado e perfumado,

Depois farei a barba, assim prometo,

Dieta que era bom, ficou de lado!

Luciano Dídimo
Enviado por Luciano Dídimo em 23/08/2022
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