Mundinho

E sentado estou eu ali, parado,

Chega à mesa uma porção de torresmo.

Um diz: - "Eu posso! Sofro de tenesmo!"

E joga já na boca um bom bocado.

Aprecio somente ao ar gelado...

Tomo pinga naquele grupo mesmo,

Eu fico tonto, meio aéreo, a esmo

Bem como quem a andar desconfiado.

Enquanto um de torresmo se entope,

Outro chega com um "brega" mais que torpe

E aquele de riquezas se ocupa...

Ah! Gente minha, amanhã, o que teremos?

- Braços presos, tão duros quanto remos,

Tomando soro em sala lá da UPA!

Rogério Freitas
Enviado por Rogério Freitas em 23/08/2022
Código do texto: T7589007
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