Soneto do amor que nunca existiu
Se o amor que foi sonhado existisse
seria um sentir em suave melodia
onde a alma enlevada cheia de ledice
ficaria plena no tanto que se podia.
Restou apenas um vazio, um desvão
luarizado pela falta que tu irradia
dos instantes breves da imaginação
diluídos em pó, poeira que se perdia!
Findou-nos então num sopro, um vento
onde paira um sublime e real sentimento
verdadeiro e pleno por não ser tangivel!
Ficamos escritos nos dramas dessa vida
Absortos nas nuvens de pele corroída
Pelo amor diáfano que não foi possível!
Luciana S. Alves
"escritos inversos"