Chovia 

De pé na vidraça apreciei a rua,

pingos dançavam em som harmonia,
o olhar admirando na noite nua,
silêncio na solidão em revelia.
 
A lágrima lambeu na face triste,
as horas desoladas confessoras,
tempos que se foram, mas que acinte!
E nuvens vagueavam redentoras.
 
O pensamento volta, vê na praça,
frio pernoitando sem aconchego,
corpos frágeis nutrindo sob a graça,
amor, desamor, sina, desapego.
 
Cativos da herança sem limite,
olho no firmamento, conta quite...

***
Tela minha
 
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 19/08/2022
Reeditado em 19/08/2022
Código do texto: T7585977
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