A AÇUCENA /
A AÇUCENA
(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=19/agosto/2022)
Aí a madrugada se torna pequena
quando a memória passeia com a gente;
hoje me senti feliz, contente,
imaginei regar meu pé de açucena.
Não era sonho, pois eu não dormia;
na imaginação eu de mãos dadas caminhava
entre os caminhos de um jardim onde encontrava
também feliz, minha açucena que também sorria.
Flores sorriem? Sim! elas entendem,
em seu silêncio falam, ouvem, até se esmeram
quando a si os amores se desprendem.
Essa açucena que o meu soneto embasa
traz do passado sensações que proliferam
em minha mente saudades de outra casa.