O abraço
(A “Naoto”)
Várias são as coisas que quero te dizer:
Que eu a amo é uma delas, certamente –
E que é tão linda – e que sempre fico contente
Se, mesmo que num lampejo, a posso ver.
Também diria que não mais vamos sofrer
Se assim seguirmos a aguardar pacientemente
O dia em que, em nosso horizonte, finalmente
O sol da Esperança vai aparecer.
São tantas coisas a rodar num turbilhão…
São tantas coisas… que me sinto receoso
De me exceder à sua compreensão –
Portanto, prefiro ficar silencioso
E sintetizo o que trago em meu coração
Num demorado abraço, morno e carinhoso.