Voando livre em sonhos matinais
Ao reino onde tudo é real mas feito de areia,
adentra como um pássaro que aprendeu a voar
lhe falta uma asa, incompletude do par
essa busca é o sentido que agora o permeia
Na psique dormente aquilo que o norteia
as cores do céu são espelhos daquele olhar
as estrelas abaixo e logo acima o mar
procura o anjo em seu disfarce de sereia
Avista uma luz e entra na perna do vento
Sua única asa desfaz-se completa em brasa
Abre os olhos para saborear o momento
Achou uma metade do par e uniu-se a outra asa
Antes que a manhã irradie e finde o momento
Escutou uma voz: não vá! Pois eu sou tua casa!