EXEMPLO
Nunca ouvi meu pai dizer nome feio
em momento algum da sua vida!
Quando ele estava em sua dura lida,
ou na sesta, em ócio, ou em recreio...
Tinha sempre, na sua boca, um freio,
mesmo naquelas horas mais sofridas!
Ou nas poucas alegrias vividas,
nunca ouvi dele um palavrão em meio
a tanto sobe e desce qual gangorra
que é a vida, uma verdadeira zorra.
Hora estamos por cima, hora por baixo.
Mas nunca ouvi meu pai abrir a boca
e com a sua voz límpida ou rouca,
se rebaixar como, às vezes, me rebaixo.