Ecos
São traços, ecos, veios do passado,
a persistir nas horas do presente,
nossa lembrança, cálida ou premente,
nosso desejo, farto ou desprezado.
O tempo faz-se vago e desbotado
nas horas que se mesclam no ambiente.
Os vultos da memória persistente
fazem de antanhos vívidos um fado.
Atemporalidade assaz real
ou simples veleidade de um mortal?
O que é o tempo em dias sem destino?
Os ciclos passam, levam toda a glória
e em nossa sapiência tão inglória
desmerecemos seu constante ensino!
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Do poeta Jacó Filho:
ECOS DA ALMA
Quando no tempo minha mente voa,
Traz pra hoje memórias do passado.
E o maior sentimento que ecoa,
É um amor que quer ser renovado.
No eco você se mostra,
E diz-me que ainda gosta,
Num canto que do céu, soa,
Que serei sempre amado,
Quando no tempo minha mente voa,
Traz pra hoje memórias do passado.