Saudades, pai

Sinto-me perdida dilacerada

Sem bases sólidas, sem identidade

Vagando sozinha nessa estrada

Tentando sobreviver a saudade.

Pai, minha coluna forte ruiu

Tua voz a morte silenciou

Sinto-me indefesa desde que partiu

Sua existência o tempo findou.

Figura ímpar, carrego comigo

Teus ensinos são meus tesouros

Teu amor carregarei comigo.

Foste de mim, tão prematuramente

Cada lembrança é uma dor lancinante

A tua proteção, tornou-se agora ausente.