O Demônio
Vivendo em um constante pesadelo,
Eu rejeito qualquer balda esperança,
Meu coração tornou-se um mar de gelo
No qual a humanidade nunca alcança!
Onde está deus? Eu não posso vê-lo!
Não aparece ao arauto da vingança?!
Em mim a morte fria cravou o selo
De inumeráveis crimes sem fiança!...
Contudo, espere... Lembro-me de ti...
Nas prisões infernais te conheci,
Em outras vidas, ódio no estandarte!
Ora está muitíssimo mudado,
Do demônio tirano ao anjo alado...
Hoje odeio, porém, irei inda amar-te.