UM BEIJO NO JÔ
E, de repente, a gente se sente um filho único, carente
Coisa de poeta: uma ponta de saudade que cutucô.
Sorrateira e imprevisível e que chegô.
Apontando a lacuna lá dentro da gente.
Como esquecer "aquele" gesto que se consagrô?
Talvez o mais simples dos afetos permanentes
Que lembra muito uma criança inocente
Como aquele eloquente e fraterno beijo do Jô.
Se as madrugadas andam tão vazias
Só pode ser a ausência de sua espirituosa companhia
Raro alguém em desacordo.
Minha mão espalma o mesmo ato sútil
A mesma intenção que lá do coração partiu:
Um beijo brasileiro na alma do "GORDO"!