MATE-ME AINDA QUANDO POETA
Não me abandone inspiração
Não , neste momento tão especial .
Antes , crave em mim um punhal
E me deixe sangrar até cair no chão .
Condene minha alma a vastidão
Do nada , do vácuo eternal !
Não quero ser um mero mortal
De olhar simples e sem visão .
Viver desprovido de poesia
Seria como sorrir sem ter alegria
Prefiro mil vezes a morte como fim !
Deus ! Vós que sempre acerta
Mate-me ainda quando poeta
Mas não tire a poesia de mim .