O AMOR, AGORA, MORTO...

Visceral foi a tua linha de pensamento,

Culpando-te ao me entregar o remorso,

Como se eu fosse o teu envenenamento,

Criador, carrasco e até o próprio copo.

À penumbra, as nuvens no firmamento,

Unido pela chuva no já pesado corpo,

Embora vazio terreno em deslizamento,

Jazeu um coração e o pedido de socorro.

Póstuma é a saudade no sofrimento...

Posto que seja a lembrança um lamento,

Por te sentir e não tocar-te o dorso.

Ressoar aquele pulsar de merecimento,

Contrário a esta dor e ao soterramento,

No qual constato o amor, agora, morto.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 02/08/2022
Código do texto: T7573065
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