O AMOR, AGORA, MORTO...
Visceral foi a tua linha de pensamento,
Culpando-te ao me entregar o remorso,
Como se eu fosse o teu envenenamento,
Criador, carrasco e até o próprio copo.
À penumbra, as nuvens no firmamento,
Unido pela chuva no já pesado corpo,
Embora vazio terreno em deslizamento,
Jazeu um coração e o pedido de socorro.
Póstuma é a saudade no sofrimento...
Posto que seja a lembrança um lamento,
Por te sentir e não tocar-te o dorso.
Ressoar aquele pulsar de merecimento,
Contrário a esta dor e ao soterramento,
No qual constato o amor, agora, morto.