EUTANÁSIA I

(A um gatinho sofredor...)

 

 

Ele estava inerte! Olhos abertos,

Pupilas dilatadas – nada via.

Meu coração pulsou em agonia

Pulsares nebulosos e incertos.

 

O que poder fazer para ajudá-lo,

Aliviando a dor que o consumia?

Seu corpo ali jogado à pedra fria...

Sinto um nó na garganta - um entalo!

 

- Não seria melhor que ele partisse?

Alguém, ao meu ouvido, baixo disse.

Acolhi o conselho e, decidindo...

 

Autorizei, com dó, seu sacrifício!

Ainda que pra mim fosse um suplício.

Enfim, não consegui vê-lo partindo.

 

 

 

 

 

Natal/RN

25 de julho de 2018

(Um dia fatídico que o pio da coruja anunciou)