Página virada

Cala-se em mim, mais um página

Que nunca pode dizer preenchida

Cala-se vencida pela máquina

Massacrante que vence e intimida

Apática, desaparece esmaecida

Virada como se não existisse

Tão sem voz como sem vida

Cala-se em mim, mais um tolice

Fenece a indecência do querer

Num embornal abarrotado de lógica

Onde não cabia nada além do "ser"

Cala-se a inocência neurótica

Lúdicamente poética de viver

Arrancada na página simbólica

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 29/11/2007
Código do texto: T757231
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