SONETO AO MEU RECANTO
Lá o paraíso desponta na varanda
Sem luxo, mas com límpido rio e mato
E quando um vento frio a chuva me manda
Um gole de café quente eu já cato
No subterfúgio duma vida branda
Em que me refugio do dia a dia chato
Tendo o baile das flores em ciranda
Pois aqui ser feliz é de imediato
Porém não quer dizer que não batalho
Cada um sabe da própria trajetória
Do suor que se confunde com o orvalho
Minha simplicidade é bem notória
Assim como o canário ali no galho
Na vibe do Recanto do Memória