Aenigma
Eis que aconteço por trás dos vocábulos
Eslavas de olhos verdes com espinhos
Ambiente de dores e olhares daninhos
Encontrados no aperto dos tentáculos.
Guardando em mim o espelho do mistério
Pra encontrar o gelo azul das paixões
No amor eterno desses corações
Na saudade que me toma o critério.
Qualquer alheio céu de minha luneta
Das palavras como um vivo cometa
Migalhas de uma Medeia tão enfurecida.
Nos trovadores de verdade a vida
Lunáticas dos versos que completam
Dúbios déspotas da métrica espreitam.