MISÉRIA POÉTICA

Vi-a, erodente trova, chorã, fustigada

Vãs rimas, mesmo assim, com melodia

Em seu lânguido versejar, desvairada

Queixar do amor, qualquer, na poesia

Sensível, miserável. Verso apaixonado

Duma emoção, que assim, me seduzia

Escorrendo na trova ardor enamorado

Num prelúdio divino de afeto e agonia

Me feriu. Em cada cântico a dor ecoava

Do poeta golpeado, então, resvalava

Da poesia: pranto, sussurro e clamor

Suspirei. Gemia o verso num lamento

De inquietação, sensação e sentimento

Da miséria poética sofrente de amor...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

29 julho, 2022, 14’33” – Araguari, MG

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/KBELpOy0GO4

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 29/07/2022
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