SONETO À LENI
Estes versos nasceram para ti
Da fúria de um amor ameno e terno
Cega paixão! -Cegueira na qual vi
Que este amor inexiste, mas é eterno.
O amor primaveril é quase inverno
Amor que nunca tive e que perdi
O qual sussurro agora a um caderno
Em versos com um nome -O teu, Leni.
Porquê o amar, as vezes, é só dor
Sublime o amor transforma-se em mau fado
A quem deu-lhe esta vida um grande amor
Amou, mas sobretudo foi amado
O paraíso em terra lhe foi dado
A mim... Meu céu será quando eu me for.