Degredo
Esse teu coração igualmente ao mar.
É campo não totalmente explorado!
Templo fiel e sagrado onde desejo morar.
Mas sem convites de tua parte eu receio,
Que só me restará apenas o degredo!
E a saudade ao meu coração petrificarà.
Hei eu de amar-te triste sempre distante,
Como fazem Sol e Lua os dois amantes...
Que são deveras impedidos de se amar!
E talvez na escuridão fugaz de um eclipse,
Rogando que não sejas para te um acinte,
Envoltos pela efemeridade possamos nos tocar.
Depois por muito tempo à distância será uma fera,
Que tentará ferozmente a nós dois destroçar...
Uil