Degredo

Esse teu coração igualmente ao mar.

É campo não totalmente explorado!

Templo fiel e sagrado onde desejo morar.

Mas sem convites de tua parte eu receio,

Que só me restará apenas o degredo!

E a saudade ao meu coração petrificarà.

Hei eu de amar-te triste sempre distante,

Como fazem Sol e Lua os dois amantes...

Que são deveras impedidos de se amar!

E talvez na escuridão fugaz de um eclipse,

Rogando que não sejas para te um acinte,

Envoltos pela efemeridade possamos nos tocar.

Depois por muito tempo à distância será uma fera,

Que tentará ferozmente a nós dois destroçar...

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 25/07/2022
Reeditado em 25/07/2022
Código do texto: T7567323
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