Soneto à Fortuna

No canteiro deste jardim,

Cultivo sua palidez,

E sua boca carmesim

Recita sua timidez

Podo a sua avidez,

E minha insensatez

Omite meu deslumbre

E avulta meu vislumbre

Com o céu que se oportuna,

Alaranjado como fortuna

E você, pálida

Me acaricia o vulto,

Me atenua o amor oculto

Em sua palma cálida...

Gabriel Kracoviac
Enviado por Gabriel Kracoviac em 25/07/2022
Código do texto: T7567073
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.