Revoltadas horas

Revoltadas horas de um relógio vadio,

Badalam agonias nas insónias.

Num amanhecer sempre tardio.

De batalhas desiguais e inglórias.

Sepultam-se versos inconsoláveis.

No passar da malditas horas

Demónios na fé se tornam frágeis

Na súplica daquela por quem oras.

Rasgo o véu sangrando as estrelas.

Bebo a cura do orvalho divino.

Adormeço a dor à luz das velas.

Então ajusto os ponteiros do destino

Jogo no incensário as salgadas lágrimas

Que pintas na ilusão das tuas telas.

Borboleta Raquel (in confidencias)

Borboleta Raquel
Enviado por Borboleta Raquel em 24/07/2022
Código do texto: T7566970
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