A MENTIRA DA VERDADE...
Eis a prova material da saudade,
Essas lágrimas em ti cravejadas,
Reais de minha dura insanidade,
E de minha ilusão tão desejada.
Se não choras é pura maldade,
Ver nos meus olhos ensaiadas,
As quedas livres da veracidade,
Em minha alma és desalmada.
Por isso eu minto de verdade,
Corpo e mente em dualidade,
E a alma que mente é despejada.
Dou por verídico a irrealidade,
Sonhando na irresponsabilidade,
De crer na esperança esfacelada.