O mundo encantado do poeta
Quem nunca levou água na peneira
Para regar as flores do rochedo,
Nem mesmo uma florzinha de brinquedo,
Que apesar velha ainda cheira.
Quem nunca fez xixi na cachoeira,
Pensando em desaguar na foz rio.
Quem nunca fez a terra entrar no cio,
Pensando em colher flores na roseira.
Quem nunca fez castelos na areia,
Ou chutou para o céu bola de meia,
Ou nadou com os peixes do aquário,
Ou nunca escreveu com pó de giz...
Jamais há de pensar em ser feliz,
Pois não viveu o mundo imaginário.