Silêncio
Para ver renascer a inspiração,
Fazer voltar o verso em meu peito,
Foi preciso perder-te, então,
Num silêncio mudo e aceito.
Choramos o choro da saudade,
Esquecendo de todo a promessa
E sonhando com a eternidade,
Premeditadamente, sem pressa.
De repente, a lembrança do nada.
Pesadelos, sono mal dormido,
Sentindo-te sempre por perto.
Dos devaneios da madrugada,
Em lágrimas de choro contido,
Assustada e carente desperto.