AMO DEVAGAR POIS, JÁ TIVE PRESSA
Quando jovem aspirava amar a liberdade
Para fazer o bem, era isso o que eu pretendia
Embora a idade me revelasse certa teimosia
Tive pressa em alçar voos sem maturidade
Amar e voar era o meu foco de expressividade
As aventuras me seguiam pelo caminho estreito
E delas, herdei alguns espinhos cravados no peito
Aprendi com a dor me proteger com integridade
Entendi com o tempo a magnitude do sucesso
Nem tudo que sonhamos é possível se realizar
Nem todos as almas é passível o homem abraçar
Hoje amo devagar, pois, sobrevivo a um retrocesso
Pressinto as dores no peito se aproximando do fim
Logo o ciclo se fecha dizendo ao amor, outro “sim”...
(Simone Medeiros)