VERNAL QUIMERA
Momento díspar, não tem luz!... Atroz!
Em chuva chora, meu amor vernal.
A vida oprime o peito, mal mitral...
Em busca de um lugar feliz, a sós!
Ficou quimera eterna, tempo algoz...
Perfume desta brisa, sem floral
Luar oculto, por sutil cendal
Ressoa triste canto, em minha voz!
Calou a rima etérea, da partida
Silêncio brusco, pranto, despedida...
Na solidão profunda em meu olhar
Restou um verso trágico, sem vida
No espelho de uma lágrima vertida
Que não chegou sequer, nem a rolar...
Yeyé
Imagem Google