Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro. Freud
Poesia com ferrugem
A carne é fraca, assim diz o ditado!
E eu que sou de ferro (ou sou de aço?)
Vou levando a vidinha, passo a passo,
Como fosse um poeta apaixonado.
Não sei ao certo onde tenho andado,
Tampouco sei com quem divido a taça.
Só sei que a vida vem e o tempo passa,
E vivo nalgum sonho do passado.
Hoje sou um poeta enferrujado,
Que segue a poesia como o gado,
Que vai, cabeça baixa, ao matadouro.
Antes fosse só carne, todavia,
A ferrugem engana a poesia,
Como o cobre se passa pelo ouro.