Soneto na mesa do meu vô
Soneto na mesa do meu vô
Debruçado sobre a mesa
Do meu bom progenitor
Eu relera com tristeza
Relato de morte e dor
Pra mim o maior terror
Era ver a natureza
Tratar com tanto rancor
A nossa humilde pobreza
Nessa velha secretária
Compus a primeira ária
Ainda quase menino
Depois de ler qualquer texto
Eu procurava um pretexto
Para iludir meu destino