NO HIPÓDROMO
NO HIPÓDROMO
Já nem agouro ou augúrio atenta o auriga.
Agora, agarra às rédeas, resoluto.
Vozes, vaias e vivas a ele escuto,
Mas baldos o sal grosso como a figa...
Quer Verdes, quer Azuis, começa a briga
Que após Hagia Sophia tomba em luto.
Diante de tal desfecho, eu nem discuto
Que nova fé supere logo a antiga...!
Alheia ao auriga, a turba se revolta
A ponto de até César no interim,
Do hipódromo partir em meio a escolta!
Arde Constantinopla sob motim...
César torna ao poder, reviravolta
De séculos ecoando dentro em mim.
Contagem - 29 12 2011