NO HIPÓDROMO

NO HIPÓDROMO

Já nem agouro ou augúrio atenta o auriga.

Agora, agarra às rédeas, resoluto.

Vozes, vaias e vivas a ele escuto,

Mas baldos o sal grosso como a figa...

Quer Verdes, quer Azuis, começa a briga

Que após Hagia Sophia tomba em luto.

Diante de tal desfecho, eu nem discuto

Que nova fé supere logo a antiga...!

Alheia ao auriga, a turba se revolta

A ponto de até César no interim,

Do hipódromo partir em meio a escolta!

Arde Constantinopla sob motim...

César torna ao poder, reviravolta

De séculos ecoando dentro em mim.

Contagem - 29 12 2011

RicardoC
Enviado por RicardoC em 15/07/2022
Código do texto: T7560055
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