O TEMPO DE AMAR
Eis-me a "conjugar" o amor no tempo passado
Trazendo no peito uma saudade recorrente
Eu que um dia "conjuguei" no tempo presente
Por um alguém que foi por demais amado
Hoje em um sentimento aflorado e recente
Por esse alguém que foi por tempos venerado
Trago no semblante o reflexo estampado
De uma tristura exata e persistente
Num passado próximo, tanto lhe declamei:
-Ah! Minha vida, meu desejo! Como eu te amo!
Com tamanho amor, tanto quanto decepcionei
Hoje acordado do sonho que tanto sonhei
Com a dor d'alma no presente lhe declamo:
-Ah! Triste ilusão! Como um dia tanto te amei!
J. M. 05/02/22